Jonatan Pereira, 16 anos, aluno do 1º ano, sofre com a falta de aulas de Sociologia e Filosofia. “Foram três meses no início do ano antes de o professor de Sociologia ir embora. Ele disse que colocaria nota 5 para todos, pois não tínhamos livros e não poderíamos fazer a prova. No 2º bimestre, sequer tivemos aulas”, explicou Jonatan, que também ficou, pelo mesmo motivo, sem lições de Filosofia no segundo bimestre.
Há dois anos, notas repetidas
Tensão maior vive quem prestará vestibular no final do ano. “Na minha turma estamos sem professor de Projeto Definido de Matemática, referente a aulas de Geometria. Após a saída do professor, no final de abril, ficamos sem prova no 1º bimestre”, contou Lucas Santiago, 17 anos.
Há dois anos, ele viveu problema parecido: “Tirei 5 em uma matéria no 1º bimestre e, devido à falta de professores, a nota foi sendo repetida até o fim do ano. Uma amiga, que tinha tirado 2,5 teve que fazer recuperação mesmo sem realizar provas nos outros bimestres”.
Secretaria troca diretor
O subsecretário de Gestão de Ensino, Antônio Neto, informou que o antigo diretor do Colégio Amaro Cavalcanti já foi exonerado por problemas administrativos e que a carência de professores será investigada.
Eles poderão ser substituídos por temporários ou através de pagamento de hora extra para profissionais da rede. A reposição de aulas está em estudo, mas pode ocorrer até aos sábados.
O secretário de Educação, Wilson Risolia, admitiu em entrevista a O DIA, em julho, que existem hoje na rede 91 mil tempos vagos devido à carência de professores, principalmente, Filosofia, Sociologia, Física, Química e Matemática. O ‘rombo’ só deve estar sanado ano que vem, quando 1.800 selecionados por concurso público deverão estar em sala.
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